quinta-feira, 24 de maio de 2012

Manhãs

Manhãs são como bebês querendo nascer,
Rasgam o ventre da noite sem piedade.
Afrontam a lua, apagam estrelas.
Manhãs são inquietas, diretas,
Não ouvem palpites,
Debocham, cáusticas dos insones,
Aboletam-se,espaçosas no céu.
Arrogantes, derramam-se inteiras,
E defendem-se discursando
Que a Lua tampouco espera
Que o Sol recolha-se para reinar.

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