quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Moço bonito de olhinhos espremidos,
peito liso,
dentinhos arrebitados,
Fala crespa como maré.
Moço desconfiado,
Moço indeciso e incerto.
Moço carregado de medos,
de remorsos enterrados na alma.

Moço cheio de culpas sublinadas.

Moço dos beijos desconfiados, medo do moço
virado em valentia
para garantir a vida.
Moço de semblante cansado e triste
mesmo quando alegre.

Moço desesperançado,
Moço ressabiado,
tantos foram os enganos e traições.

Mas quando nos amamos,
teu riso deixa escapar nesgas de humanidade,
e entre carinhos e carícias consigo
perceber
alguma dose de solidão e inocência.