sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Não Sei

E nós, agora, aqui, meu amor?
- Olhos abertos no rel´gio!
Vens, não vens, não vens, vens?
Se vier será como se fosse
quando era apenas uma dor qualquer,
quando as coisas todas se repetem,
insistindo:
- Miragem!
Te armo, te desarmo,
pra depois de tudo te dizer o que?
Que te quero e me queres?
Que me desespero?
As vezes não sei.
Não sei.
Quebramos nossas resistências,
Nos dissemos coisas que
Não sei, não sei,
Só sei que só eu te posso
E só tu me podes
Dizer as coisas que não sabes e
Dizer as coisas que não sei.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Desencontrados

Nem ainda foste, já dói.
Não vieste.
Já me espreita a saudade.
Os sonhos que não tive, Teu cheiro ainda em mim,
Meus lençóis são tu.
Teu corpo inteiro, tão pouco inteiro meu.
Tão pouco te faço
E sou feliz,
Mas tanto sou
E te faço feliz...
Por muito, te ouço,
Por pouco, ouço a razão.
E então, se não vens,
Me deixas e te deixo.
Como sádica maya de meus dias.
Como cruel carrasco que acarinha,
Mas depois vai.