A madrugada, curiosa,
Pergunta-me o que faço em seu tempo.
Olho a lua, respondo.
Minto.
Escrevo, rabisco,
Remexo velharias
que me imploram pelo esquecimento.
De pouco em pouco reviro baús,
Gavetas ignoradas,
Cheias de inutilidades históricas.
Resolvo fechar os olhos,
E em pleno surto de perversidad
decidida que estou
Desprezo guardados
Um dia preciosos,
Resolvida a separar das relíquias
Gigantescas sobras de sentimentalismo.
Bordados e rendas tecidas pelo fio das palavras. Força caudalosa do pensamento que esparrama fantasmas. Água doce em fartura e fome, medo e paz.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Tarde de Sol
Era sol, beira-d'água, calor,
Era tarde de sol,
Eram quatro meninos.
E eu apareci sem aviso,
Fiz do violão alheio meu alento,
O sol da tarde me presenteando com aqueles quatro meninos,
De quem nem os nomes lembro.
Inesquecível mesmo são
Aqueles quatro sorrisos,
Aquela empatia mágica
Que somente as Ondinas da água doce,
raramente e para poucos,
Permitem acontecer
Era tarde de sol,
Eram quatro meninos.
E eu apareci sem aviso,
Fiz do violão alheio meu alento,
O sol da tarde me presenteando com aqueles quatro meninos,
De quem nem os nomes lembro.
Inesquecível mesmo são
Aqueles quatro sorrisos,
Aquela empatia mágica
Que somente as Ondinas da água doce,
raramente e para poucos,
Permitem acontecer
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Noite mistério lua,
Chuva tempestade, noite.
Escassas luzes,
Vistas de muito longe,
Diminutas faíscas,
Estrada negra e sem fim.
Noite castrada sem lua,
Estrada inerte,
Suplicando lua e luz,
Rasgada por trovões e raios.
Estrada arredia,
Lua embretada em nuvens,
Mistérios
reticentes em fagulhas.
Mato rasteiro enovelando
Um ou outro poste teimoso,
Apenas eu insisto na fraca luz
Única lança a perfurar fantasmas.
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