domingo, 19 de março de 2017

Maria Regina

Regina Maria, Maria primeiro,
Guria bonita que eu conheci
Nos tempos de glória, nos Glórias da vida,
Regina amiga do fundo da sala.
O tempo que voa não tira da mente
Pessoa mimosa que nunca mais vi.
Maria Regina, não sei onde foi,
Os ventos da vida levaram a nós.
Eu fui por ali, por aqui e Regina
Voou para lá, para cá, e como eu,
Passou alegria, incerteza, tristeza,
A dor e o medo, ergueu a cabeça,
Traçou seu caminho do jeito que deu.
A última vez que encontrei com Regina,
Na beira do lago, verão sol a pino,
Estávamos mal, as duas sofridas,
Nos idos de 80, que tempo que faz!
Só lembro da imagem e do sentimento,
De poucas palavras trocadas ali.
Eu Bruxa, tu Bruxa, Que lua nos rege?
Quais são nossos céus, qual nosso cristal?
Regina, colega, relógios insanos,
De nós não levaram a força e a fé!
Me mande notícias, de ti e dos teus,
E mando daqui te dizer que vou bem!
A idade passada para mim foi bondosa,
Para ti deve ter sido boa também.
Despeço-me alegre, saudosa e querendo,
Te ver confiante, em paz e feliz!





Diáspora

Por muito tempo perseguindo sombras,
Foi só acender a luz,
Que elas foram embora.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Perceber

... O quanto ainda não sei.
Quantos caminhos terei para trilhar,
Quantos serão os portos
Que descobrirei...

Conhecer tanto mais
Que o mundo tem para mostrar,
Formigas, folhas, pedras,
Elefantes e gotas de chuva.

Percebo a realidade prismada
Em muitos tons,
De tantas formas e sons e sabores,
Percebo que nada é o que se mostra,
Não como enxerga o olho sem lente,
Nada é exatamente como
Imaginamos ser o que se vê.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Sempre.

Não foram só pancadas de chuva.
Um tornado de proporções
Pinkfloydianas
Tomou minha noite,
Tornando-a
Melodiosa.
Eternidades são raras,
E mais raras ainda
Músicas eternas,
Plenamente belas,
Aquelas
Atemporais, perenes
E insubstituíveis.


terça-feira, 7 de março de 2017

Estraño a mi calle (saudades de minha rua)



Extraño a mi calle.
La señorita de los Suspiros.
Me he dejado allí las lágrimas ya no tienen?
Extraño a mi calle sinuosa.
mi amor olvidado.
Los años pasan, y no estoy de nuevo en mi calle.
Pisando las rocas dentadas,
El daño de los pies en el camino,
Y si nunca olvidé mi calle,
Es a causa de allí, se quedó.

Saudades de minha rua.
Saudades dos suspiros.
Terei eu lá deixado as lágrimas que já não tenho?
Saudades de minha rua sinuosa.
de meus amores esquecidos.
Os anos passam, e lá estou outra vez em minha rua.
Pisando as pedras irregulares,
Machucando meus pés no caminho,
E se nunca esqueci minha rua,
É porque de lá, nunca saí.