quinta-feira, 24 de abril de 2014

A nunca suficiente proteção

Cuidado:
Praças de guerra urbana
Transbordam dos becos irregulares
Invadem zonas de respeito
Perturbam a decência
Do cidadão de bem.
Mas que culpa tem ele,
Atrás de sua janela blindada,
De suas grades
De aço carbonado,
Seu alarme digital?
Paga impostos,
E ainda assim,
Seguranças pessoais a postos,
Câmeras, paredes reforçadas,
E ainda assim,
Não dorme.
Pensa que é medo de bala sem nome
Os pavores que sente
Sem se dar conta
Que insuportável mesmo
É conviver consigo próprio
E os horrores do preconceito
De seu orgulhoso e nojento pensar.

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