quarta-feira, 7 de maio de 2014

A lua que alimenta minha alma

Quando chega a manhã,
A não desejada manhã.
A insuportável manha,
Carregando no bucho seu filho sol,
A claridade nefasta
Afasta a leveza
Que só a lua,
A lua, a noite,
Estrelas, lua e noite,
Silêncio e paz da noite,
Me podem saciar.
E depois, sol já alto,
Vozerios, correrias,
Ebulição indesejada,
Ferina e real,
Esfrego os olhos, com raiva,
Misturada ao povario,
Cumpro a jornada indesejada,
E me alimento da certeza
Que aos poucos
A lua e a noite
Reinarão outra vez.

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