sexta-feira, 18 de julho de 2014

O Céu que Possui Minha Alma

Muito cedo ou muito tarde,
Madrugada indo embora
Logo vem o sol.
O silêncio definhando,
Mas os sons que se apresentam
São bem longe do que eu queria ouvir.
Fecho os olhos e lá estou,
Piso leve na areia
Umidade em volta de meus pés
E o doce murmurar
Das marolas, da maré,
Vento sul que hoje é devagar
Rara calma para embalar
Sonhos impossíveis de encontrar
Em qualquer outro lugar,
Sonhos exclusivos
Daquele único luar,
Sonhos assistidos
Pelo estrelado céu
Que só existe lá.
Paz que perdura até
A hora certa de voltar
E abastecer alma e corpo
Desta matéria tão abundante,
E tão rara de se deixar encontrar.

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