quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Privilégios dos não-comuns

A estas horas, madrugada-manhã,
Quem ainda resiste ao sono, como eu,
Já se conforma
Em virar o restinho da maddrugada.
Aproveitar a noite que finda,
Remediar bagunças,
Botar estuddos em dia,
Mas aguardar faceira
O soninho que chegará
Antes da próxima meia noite.
Quem tem esta afeição pela madrugada,
Como eu,
Sofre com os esgares do sol,
Bicho lindo ao meio dia,
Insuportável as seis da manhã.
Quem gosta muito(como eu)
da própria compania,
deleita-se com os ruídos
Que só se pode ouvir
Por estas horas.
Êra gente (como eu),
Que nasceu
Com os ponteiros de sono virados!
Obsoletos e reacionários
Os donos da razão
Que nos querem enquadrar nos horários
De quartéis.
Almas rebeladas,
Voamos, pelas madrugadas,
Degustando as delícias
Só disponíveis aos
amantes das madrugadaas alertas
Que não se rendem aos horários
do sono convencional.

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